A minha mãe, Abigail Leite e Silva, a Dona Bêga, como era carinhosamente chamada, plantou uma muda de Azaleia quando ainda era pequena. Esta Azaleia a acompanhou por toda a vida.
Quando se casou e deixou a natal Rio Piracicaba para viver em João Monlevade, trouxe consigo a pequena árvore. A planta seguiu com minha mãe em todas as casas que morou, sendo replantada, pela última vez, no fim da década de 60 no jardim da frente da casa da rua Tapajós(hoje rua Otacilio Caldeira), para onde havíamos nos mudado. Mamãe, infelizmente, veio a falecer no início dos anos 70, e a casa foi vendida a mim e ao Omar quando nos casamos. Meu pai, o Artista Plástico Marinho Silva, regressou à nossa querida Rio Piracicaba.
Esta Azaleia, que já tem mais de 80 anos e está muito viçosa e sempre repleta de flores, é um dos elos que tenho com a minha mãe. É algo que nos une e que me faz sentir sua eterna presença junto a mim, já que ela nos deixou tão cedo, quando eu ainda era muito nova.
Eu fiz questão de retratar algumas de suas flores nesta tela, de meados dos anos 70. Na verdade, retratei uma de suas galhas, que eu delicadamente retirei para a eternizar. A esta tela, que adorna uma das salas da casa de meus saudosos sogros, Expedito Evaristo e Sinhá; e de minha cunhada Lalá, dei o nome de "Azaleia para Bêga". Hoje, neste dia das avós, a homenagem é a você mamãe, a avó que meus filhos infelizmente não tiveram a felicidade de conhecer, mas, que eu sempre os ensinei a amar.
(Abigail Leite e Silva - Dona Bêga, minha mãe)
(meu jardim, onde aparece ao fundo, a Azaleia de minha mãe, ainda sem flores)
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